Músico, Mestre Artesão e Luthier
Filho de Maximiano Machado dos Santos, o Mestre Bolão, e Francisca Ramos dos Santos, a Tia Chiquinha), Pedro Rosário dos Santos nasceu em Macapá, Capital do Estado do Amapá no dia 03 de outubro de1960. Do berço onde nasceu e se criou, herdou o respeito e a paixão pela arte, pela cultura e pelos legados ancestrais, mantidos e preservados por seus pais, com quem teve seus primeiros contatos. Aos 59 anos, pai de 12 (doze) filhos, bisavô dedicado, trabalhar para preservar e perpetuar as raízes culturais quilombolas, em especial, do Curiaú, passou a ser uma das missões, do agora rebatizado pela arte de: Pedro Bolão.
No bairro do Laguinho, sua história começa no carnaval, onde foi passista mirim, ritmista e sambista. Após a morte de seu pai, retornou com a mãe e irmão para o Quilombo do Curiaú, onde uma nova fase em suas vidas se inicia. Lá, fundaram em homenagem a seu pai, o Grupo Folclórico Raízes do Bolão. Depois veio o Centro Cultural Maloca da Tia Chiquinha. Sob sua coordenação, o Grupo Raízes do Bolão viajou por 56 cidades das regiões norte, nordeste e centro-oeste, e outras 49 cidades do Sul e Sudeste, através do Projeto Sonora Brasil, do Serviço Social do Comércio – SESC, sendo hoje, um dos mais importantes grupo de Marabaixo e Batuque do estado.
Exímio tocador de batuque e marabaixo, provem o sustento da família como músico profissional, e através de uma modesta oficina de produção de instrumentos artesanais, nos fundos de sua casa, onde constrói caixa de marabaixo, dobrador, amassador e pandeirões para o batuque. Um dos poucos a dedicar-se a esta arte, Pedro Bolão estima que aproximadamente 800 caixas de marabaixo de sua fabricação, estejam espalhadas pelo Brasil e pelo exterior.
No ano de 2005, criou o projeto “Resgatando Tambores”. Projeto que a partir de 2013 passou a ser executado na Maloca da Tia Chiquinha, no Quilombo do Curiaú, atendendo crianças, adolescentes e adultos da comunidade e bairros adjacentes. Nele, o conhecimento de Pedro Bolão acerca das manifestações culturais quilombolas, é repassado. Seus ritos, suas danças, sua musicalidade, seus instrumentos.
Por sua atuação, dentro e fora do Quilombo do Curiaú, dentro e fora do Estado do Amapá, Pedro Bolão foi contemplado na 6ª Edição do Edital Culturas Populares 2018 – Edição Selma do Coco, realizado pelo Ministério da Cultura – MinC, e agora Pedro Bolão, é MESTRE PEDRO.